(ANSA) - A premiê italiana, Giorgia Meloni, fez elogios à Ucrânia nesta terça-feira (16) durante o encontro de líderes do Conselho da Europa em Reykjavik, na Islândia, e ressaltou a importância da ajuda ao país durante a guerra.
"Para [Volodymyr] Zelensky, quero dizer que a Europa inteira e todo o mundo livre estão em dívida com vocês. O presidente nos agradeceu por como estamos ajudando a Ucrânia, mas somos nós quem temos dívida com a Ucrânia. Eles fizeram o mundo inteiro entender o quanto pode ser difícil derrotar um povo livre", disse a italiana.
A fala refere-se à recente viagem feita pelo líder de Kiev para diversos países europeus, como a própria Itália, Alemanha, França e Reino Unido. O mandatário se reuniu com os chefes de Estado e governo dessas nações.
Segundo a primeira-ministra, o povo ucraniano "não está defendendo só a sua pátria, mas os valores fundamentais da identidade europeia". "Se a Ucrânia capitulasse em poucos dias, hoje nós viveríamos em um mundo muito mais inseguro. Não viveríamos uma realidade de paz como fala uma cínica propaganda que troca a palavra paz com uma invasão", pontuou referindo-se à Rússia.
Meloni ainda focou parte do discurso dizendo que a "brutal agressão russa" fez com que os países europeus começassem a debater "certezas que por muito tempo acreditamos ingenuamente" e também nas ações do governo de auxílio para a reconstrução ucraniana. Recentemente, Roma sediou uma conferência para debater e aproximar as empresas italianas de Kiev.
"A Itália também aderiu imediatamente ao acordo do Conselho da Europa para instituir o registro dos danos causados pela guerra para que não haja impunidade. Por isso, não poderia não estar aqui para testemunhar o compromisso da Itália na defesa do direito internacional, e dos valores fundamentais comuns", pontuou.
O governo italiano sempre esteve ao lado de Kiev desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022, mesmo tendo mudado o Executivo durante esse período - saindo Mario Draghi, apoiado por uma ampla coalizão de partidos, e com a chegada de Meloni, em outubro do ano passado, com uma base de apoio da direita.
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