(ANSA) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniu neste sábado (13), em Roma, com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e ouviu a promessa de que o apoio militar continuará até que Kiev obtenha uma paz justa.
Essa é a primeira visita de Zelensky à Itália desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, e também inclui um aguardado encontro com o papa Francisco no Vaticano.
Em coletiva de imprensa após a reunião, Meloni garantiu que aposta "na vitória da Ucrânia" e assegurou apoio a Kiev contra Moscou. "Continuaremos a fornecer suporte, inclusive militar, para que a Ucrânia possa chegar às negociações com uma posição sólida", disse a premiê, acrescentando que a paz não pode ser uma "rendição".
"Só se chegará na paz quando a Rússia cessar as hostilidades. Apoiamos a fórmula de paz em 10 pontos do presidente Zelensky e reconhecemos as legítimas aspirações europeias da Ucrânia", declarou a primeira-ministra.
Segundo Meloni, o futuro da Ucrânia "é de paz e liberdade e é um futuro europeu, não existem outras soluções". "Não somos hipócritas de chamar de paz qualquer coisa que se assemelhe a uma invasão. Não a uma paz injusta e imposta à Ucrânia. Qualquer acordo terá de ser apoiado pelo povo ucraniano", ressaltou a premiê, que ainda disse ter uma "amizade pessoal" com Zelensky.
Meloni esteve em Kiev em fevereiro passado, e a Itália sediou uma conferência para a reconstrução da Ucrânia no fim de abril.
"Giorgia, agradeço pela possibilidade de estar neste belíssimo país, com uma grande história. Estou aqui para apertar sua mão e agradecer por ter dado refúgio a cidadãos ucranianos. Jamais esquecerei disso", afirmou o presidente.
Na coletiva de imprensa, Zelensky denunciou o sequestro de 200 mil crianças ucranianas pela Rússia e disse que as Forças Armadas derrubaram 17 drones iranianos em apenas sete horas neste sábado. "Essa é a agressão russa", salientou.
O mandatário ainda convidou "todos os líderes políticos italianos e representantes da sociedade civil" a visitar a Ucrânia para ver "o que Putin fez". "Aí vocês entenderão por que nos opomos a esse mal", acrescentou.
Durante a manhã, Zelensky já havia se reunido com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, que também garantiu apoio incondicional à Ucrânia na guerra. (ANSA)
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