(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (25) que o Brasil e os países do Mercosul estão engajados no diálogo para concluir as negociações do acordo com a União Europeia (UE) ainda neste ano.
"O Brasil e os sócios do Mercosul estão engajados no diálogo para concluir as negociações com a União Europeia, e esperamos ter boas notícias ainda neste ano. É um acordo muito importante para todos, e queremos que seja equilibrado e que contribua para a reindustralização do Brasil", declarou ele durante fórum com empresários brasileiros e espanhóis em Madri.
De acordo com o presidente brasileiro, "a feliz coincidência de que ambos, Brasil e Espanha, presidirão nossas reuniões aduaneiras no segundo semestre, permitirá avanços substantivos para a conclusão do acordo".
"Acho que a Espanha, na presidência da União Europeia, poderá ajudar muito na conclusão desse acordo, que eu imaginava que ia ser feito no meu primeiro ano de mandato, em 2003, e esse acordo não foi feito. Espero que a gente consiga fazê-lo agora", concluiu ele.
Já em relação à invasão russa à Ucrânia, o petista pediu o empenho da comunidade internacional para o fim do que classificou como “guerra insana”.
Durante seu discurso, o petista afirmou que compreende a visão da UE sobre o conflito russo que “jamais poderia ter acontecido”, principalmente porque não se deve aceitar uma invasão territorial, mas ressaltou que não vê “ninguém falando em paz”.
"Numa guerra insana que é a guerra da Rússia e da Ucrânia. Uma guerra que eu compreendo perfeitamente bem como é que os meus amigos europeus veem a guerra. Uma guerra que jamais poderia ter acontecido, porque não pode se aceitar que um país invada a integridade territorial de outro país", enfatizou.
No entanto, segundo o petista, nenhum país fala em paz. “E, às vezes, eu fico me perguntando: até quando essa guerra vai durar? Porque, se ninguém quiser construir a paz, e os dois lados, o que invadiu está reticente e o invadido também tem sua razão de estar reticente, eu fico me perguntando quem é que vai tentar resolver essa situação", acrescentou.
Além disso, Lula garantiu que o Brasil está empenhado “na tentativa de arrumar parceiros para que a gente possa trazer a paz” para a região, para que a “Ucrânia possa ficar com o seu território, para que os russos fiquem com a Rússia, mas para que o mundo não sofra a falta de alimento, para que o mundo não sofra a falta de fertilizantes e para que o mundo volte a prosperar para gerar empregos que a humanidade precisa”.
O político lembrou, inclusive, que já conversou com o chanceler da Alemanha, Olaf Schoz, e com os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, sobre o plano de paz no território ucraniano. Ele disse ainda que pretende se reunir com o líder da França, Emmanuel Macron, nas próximas semanas.
Lula espera que a iniciativa “traga a paz de volta na nossa querida Europa e que a gente não fique sonhando toda a noite com uma Terceira Guerra Mundial”. (ANSA)
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