(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve seu discurso no Parlamento de Portugal interrompido por um grupo de deputados da extrema direita.
O petista, que cumpriu nesta terça-feira (25) seu último compromisso oficial em Lisboa, participou da celebração do 49º aniversário da Revolução dos Cravos, movimento que pôs fim à ditadura em Portugal.
O pronunciamento de Lula foi interrompido por 11 parlamentares do partido Chega, que também levantaram cartazes que diziam: "chega de corrupção" e "lugar de ladrão é na prisão".
Ao mesmo tempo, o mandatário brasileiro foi aplaudido por diversos membros de outras bancadas. O presidente do Parlamento de Portugal, Augusto Santos Silva (Partido Socialista), pediu respeito.
O jornal português Público informou que, depois da cerimônia, Santos Silva pediu desculpas a Lula pela interrupção dos parlamentares da extrema direita.
Apesar do imprevisto durante o discurso, Lula condenou a "violação da integridade territorial da Ucrânia" e alertou que resolver os problemas atuais através de soluções militares não traz bons resultados.
"Quem acredita em soluções miliares para os atuais probemas luta contra os ventos da história. Nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação. É necessário admitir que a guerra não pode seguir indefinitivamente", disse Lula.
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