(ANSA) - O general Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República após um vídeo revelado nesta quarta-feira (19) mostrá-lo dentro do Palácio do Planalto durante a invasão golpista de 8 de janeiro.
De acordo com a Secretaria de Comunicação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já aceitou o pedido de demissão. Dias é o primeiro ministro a deixar o governo no terceiro mandato do petista.
A renúncia do general é feita no mesmo dia em que vídeos da investigação policial - que estavam sob sigilo - foram revelados pela CNN. As imagens mostram Dias e diversos funcionários da pasta circulando dentro do Palácio do Planalto, no dia em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Além disso, um dos empregados conversa com invasores e os cumprimenta. A atuação do GSI durante as manifestações consideradas golpistas tem sido alvo de críticas.
Em nota, o GSI informa que a gravação mostra a "atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos".
Já em entrevista à TV Globo, Dias garantiu que estava no local para retirar os vândalos e reforçou que sua imagem foi retirada do contexto.
Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
Substituto -
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nomear o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, como ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em substituição a Gonçalves Dias.
Capelli já exerceu a função de interventor na área de segurança pública do Distrito Federal após os atos golpistas de 8 de janeiro.
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