(ANSA) - O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) retornou ao país nesta quinta-feira (30) após passar três meses nos Estados Unidos. O político chegou pouco antes das 7h em um voo da Gol direto de Orlando.
Vídeos nas redes sociais mostram alguns apoiadores aplaudindo o ex-mandatário ainda dentro do avião, que retorna ao Brasil em meio ao escândalo das joias de cerca de R$ 17 milhões dadas por autoridades sauditas.
Por conta disso, Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, precisarão depor à Polícia Federal no próximo dia 5 de abril.
Até o momento, a imprensa revelou a existência de três conjuntos de joias e itens de alto valor que ficaram com o ex-presidente - e que deveriam pertencer ao Estado brasileiro: um foi confiscado pela Receita Federal ao chegar no país, outro foi devolvido à Justiça pela defesa do político e um terceiro estava guardado em uma das residências do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet.
Em nota, a defesa de Bolsonaro disse que o depoimento será uma oportunidade "dele prestar todas as informações necessárias" e que ele "agiu de acordo com a legislação que regula a oferta de presentes ao governo". Em entrevista à CNN Brasil, pouco antes do embarque em Orlando, o ex-presidente disse que "não sabe porque [há] esse escândalo todo".
Os defensores têm um entendimento que não corresponde às decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) e outros entes judiciais, de que só podem ficar com o ocupante do cargo de presidente itens "personalíssimos" e de baixo valor. Qualquer item de valor elevado deve ficar com o Estado. E, no caso dos dois primeiros conjuntos, ainda há o fato de que eles não foram declarados corretamente na chegada ao país, o que já é um crime.
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