(ANSA) - Nesta terça-feira (21), no segundo dia de visitas a Moscou, o presidente da China, Xi Jinping, afirmou que as relações com a Rússia "são uma prioridade" para seu governo porque ambos são "grandes potências vizinhas e parceiras estratégicas".
Além disso, o mandatário afirmou que convidou o presidente russo, Vladimir Putin, para uma visita de Estado ao seu país ainda neste ano. A China é a única grande nação no mundo a ainda estar ao lado do líder do Kremlin desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.
Xi e sua comitiva terão uma série de encontros formais com seus pares russos e fecharão mais acordos bilaterais nesta terça. Haverá ainda uma coletiva de imprensa dos dois presidentes, mas sem a abertura de perguntas para os jornalistas que cobrem a viagem.
Também hoje, um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, foi questionado em sua coletiva diária em Pequim sobre a visita e sobre a não ida de Xi para a Ucrânia.
Segundo Wang, o governo "mantém comunicação com todas as partes envolvidas" no conflito e continuará "a ter uma posição objetiva e igual sobre o caso, colaborando com a comunidade internacional para ter um papel construtivo na solução política" da guerra.
O representante ainda rebateu os norte-americanos que dizem que Pequim começou a enviar armamentos para a Rússia na guerra.
"A China não é criadora nem parte da crise na Ucrânia, nem forneceu armas a nenhuma das duas partes do conflito. Os EUA não estão aptos a apontar o dedo para a China e nem para culpá-la", acrescentou.
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