O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou nesta quarta-feira (11) que o ex-ditador da Síria Bashar al-Assad está em segurança e que o governo de Vladimir Putin não pretende entregá-lo para julgamento.
Assad "está seguro, e isso demonstra que a Rússia age conforme o necessário em uma situação tão extraordinária", afirmou Ryabkov à NBC.
Questionado se seu país entregaria Assad a julgamento, o vice-ministro respondeu que "a Rússia não integra a convenção que instituiu o Tribunal Penal Internacional" de Haia, que emitiu no ano passado um mandado de prisão contra o presidente Vladimir Putin.
Apesar da queda do ditador, Moscou pretende preservar suas bases militares na Síria, mas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou à agência Tass que a guerra na Ucrânia é "prioridade absoluta".
O conflito na Síria começou em 2011, em um levante contra a ditadura da família Assad, que ocupou o poder por mais de meio século. Após perder o controle do país para as forças jihadistas, Assad e sua família pediram asilo à Rússia, mas ele pode ser julgado pelo TPI por violação sistemática dos direitos humanos.
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