O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, anunciou neste sábado (7) que a situação dos cidadãos italianos na Síria está sob controle, mas garantiu que o governo está pronto para organizar evacuações.
"No momento, não há preocupações", declarou Tajani, destacando que há cerca de 300 italianos vivendo na Síria. "A situação dos nossos concidadãos está sob controle." Segundo o chanceler italiano, alguns cidadãos do Belpaese já conseguiram deixar o país. No entanto, todos estão em contato com a Embaixada da Itália em Damasco.
Rebeldes islâmicos contrários ao regime de Bashar al-Assad e pró-Turquia fizeram grandes avanços esta semana, à medida que avançavam em direção à capital síria, Damasco.
A ofensiva é encabeçada pela Hayat Tahrir al-Sham (HTS), ou Organização para a Libertação do Levante, grupo islamita nascido de um braço da Al Qaeda na Síria, mas também conta com milícias seculares apoiadas pela Turquia.
Preocupado com a escalada de violência, Tajani se reuniu remotamente com embaixadores italianos no Oriente Médio, Moscou e na Santa Sé nesta manhã para discutir iniciativas políticas e diplomáticas para trazer uma cessação das hostilidades na Síria.
"A embaixada está pronta para organizar evacuações, já temos solicitações, o governo está pronto para fazer o que for necessário tanto com iniciativas nacionais quanto da ONU para a saída segura dos cidadãos", afirmou ele no final da reunião sobre a Síria na Unidade de Crise de Farnesina.
Apesar de não fornecer detalhes sobre os planos de evacuação, Tajani reforçou que a Itália garantirá "que todos aqueles que desejam deixar a Síria possam fazê-lo".
Além disso, destacou que o objetivo que o governo italiano apoia "é a solução política, não militar, que nos permite garantir a paz e a estabilidade na Síria, que é uma parte importante da estabilidade no Oriente Médio".
"Confiamos e apoiamos as discussões em andamento em Doha e esperamos que a partir dessa reunião um acordo possa ser encontrado com uma solução política, que encorajamos todas as partes a buscar", concluiu ele, lembrando que há "contato constante" entre os parceiros do G7.
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