Um novo grupo de migrantes embarcou nesta segunda-feira (4) no navio Libra da Marinha da Itália, ao sul da ilha siciliana de Lampedusa, rumo à Albânia, anunciaram fontes oficiais.
De acordo com as autoridades locais, todas as pessoas serão transferidas após serem submetidas a exames médico a bordo do navio.
A transferência de solicitantes de refúgio à Albânia é uma das políticas migratórias do governo da premiê italiana, Giorgia Meloni, que se viu em meio à uma polêmica no país, principalmente depois de um Tribunal de Roma desautorizar a permanência de migrantes forçados no centro de repatriação construído pela Itália.
No entanto, o ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, anunciou que as operações para levar migrantes para a Albânia "podem ser retomadas".
À margem de uma reunião ministerial do G7 sobre desenvolvimento urbano sustentável, ele explicou que tais operações ocorrerão "assim que houver condições logísticas de intercepção e trânsito de migrantes e depois para pré-selecionar pessoas potencialmente elegíveis para serem transferidas".
Piantedosi também expressou confiança de que um decreto que lista países seguros para expatriação, aprovado pelo governo em 21 de outubro, superará a questão dos tribunais de não validarem a detenção de migrantes. "Se eu não estivesse "confiante", não o teríamos feito", disse o ministro, referindo-se ao decreto.
Os centros criados na nação balcânica, em funcionamento desde o mês passado, têm como objetivo receber migrantes forçados resgatados no Mar Mediterrâneo, enquanto eles aguardam a análise de seus pedidos de refúgio pelas autoridades italianas.
A medida faz parte da estratégia da premiê de direita para desestimular fluxos migratórios no Mediterrâneo Central, onde o número de travessias de deslocados internacionais apresenta queda de mais de 60% em 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado.
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