Pelo menos sete pessoas morreram, incluindo três crianças, e dezenas ficaram feridas em um bombardeio da Rússia contra a cidade de Lviv, metrópole mais ocidental da Ucrânia.
O balanço foi fornecido nesta quarta-feira (4) pelo ministro ucraniano do Interior, Igor Klymenko, na esteira de uma das piores ondas de ataques aéreos russos desde o início da guerra entre os dois países, em fevereiro de 2022.
"Edifícios residenciais estão em chamas na zona da estação ferroviária principal", disse no Telegram o prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi.
O bombardeio também deixou mais de 50 feridos. Entre as três crianças mortas, a mais nova tinha sete anos de idade. De acordo com Sadovyi, Moscou usou inclusive mísseis hipersônicos Kinzhal para atingir a cidade.
Ainda segundo Sadovyi, a lista de sete vítimas inclui uma mulher, Yevheniya, e suas três filhas, Yaryna, Daryna e Emiliya. A mais velha delas, Yaryna, 21, trabalhava na própria prefeitura, em um órgão destinado ao mandato da cidade como capital europeia da cultura em 2025.
O ataque chega em meio à incursão terrestre iniciada há cerca de um mês pelas tropas ucranianas na região russa de Kursk, na fronteira entre os dois países. O objetivo de Kiev era estabelecer uma "zona tampão" e distrair as forças de Vladimir Putin, mas o que se viu foi um recrudescimento dos bombardeios lançados por Moscou.
Além disso, a Ucrânia vive uma crise no governo de Volodymyr Zelensky, com a renúncia de diversos ministros desde a última terça (3), incluindo o das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba.
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