Trabalhadores de Israel fazem uma greve geral nesta segunda-feira (2) para forçar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a assinar um acordo com o Hamas que permita a libertação dos reféns ainda em poder do grupo fundamentalista islâmico na Faixa de Gaza.
A paralisação foi convocada após as Forças de Defesa Israelenses (IDF) terem encontrado em Rafah, no sul do enclave, os corpos de seis reféns mortos recentemente.
Órgãos públicos ficaram fechados, assim como escolas e muitas empresas privadas. No Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, as operações de pouso e decolagem foram interrompidas.
De acordo com a Organização Geral dos trabalhadores em Israel (Histadrut), principal sindicato do país, a greve deveria durar pelo meno menos até 18h (horário local), mas um tribunal local ordenou o fim da paralisação às 14h30.
No último domingo (1º), grandes manifestações espontâneas já haviam tomado conta do país para protestar contra a gestão da guerra em Gaza pelo governo Netanyahu.
"Nos últimos meses, oito reféns foram recuperados vivos em operações militares, em relação aos 105 libertados no acordo de novembro", disse um grupo que reúne famílias de pessoas sequestradas pelo Hamas nos atentados de 7 de outubro.
Cerca de 100 dos 251 reféns raptados pelo grupo islâmico continuam em Gaza, mas é incerto quantos ainda estão vivos.
Em reunião de governo, Netanyahu definiu a greve como "uma vergonha". "Vocês estão dizendo a Sinwar [líder político do Hamas]: 'Vocês mataram seis pessoas, então nós os apoiamos", declarou.
Catar, Egito e Estados Unidos tentam mediar um acordo de cessar-fogo que leve à libertação dos sequestrados, mas as conversas pouco avançaram nas últimas semanas.
A guerra em Gaza foi deflagrada após os atentados de 7 de outubro, que deixaram 1,2 mil mortos em Israel, e já fez mais de 40 mil vítimas no enclave palestino.
Netanyahu pede desculpas a famílias de reféns mortos
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas às famílias dos reféns que não foram resgatados com vida da Faixa de Gaza e prometeu que o Hamas "pagará um preço elevado por isso".
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