(ANSA) - O Ministério Público de Milão abriu nesta quarta-feira (20) um processo de instrução para apurar o caso envolvendo a influenciadora italiana Chiara Ferragni e a empresa Balocco, fabricante do pandoro, por prática comercial desleal na promoção de uma campanha beneficente.
A decisão de avaliar a polêmica, sem qualquer hipótese de crime ou suspeitos, foi tomada após a apresentação de uma denúncia ao Ministério Público por fraude da Codacons, associação italiana de defesa dos direitos dos consumidores.
Desta forma, o procurador Marcello Viola encaminhou o processo ao departamento antifraude liderado pelo adjunto Eugenio Fusco.
Ferragni, uma das personalidades mais famosas da Itália, foi multada em pouco mais de 1 milhão de euros por prática comercial desleal na promoção de um pandoro para caridade.
A sanção foi aplicada pela Autoridade de Tutela das Comunicações e do Mercado, órgão antitruste italiano, contra duas empresas de Ferragni: Fenice (400 mil euros) e TBS Crew (675 mil euros). Já a Balocco, fabricante do bolo natalino, foi multada em 420 mil euros (R$ 2,3 milhões).
A punição refere-se a uma denúncia apresentada pela Codacons contra a campanha de uma linha de pandoro chamada "Pandoro Pink Christmas" e associada à influenciadora no fim de 2022.
A peça publicitária fazia acreditar que os recursos arrecadados com a venda do bolo natalino seriam repassados ao Hospital Regina Margherita, em Turim. No entanto, o órgão antitruste apurou que, na verdade, a doação - 50 mil euros - já tinha sido feita pela Balocco meses antes da campanha.
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