O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quarta-feira (26) o equilíbrio das contas públicas, porém citou até o caso da Itália para justificar os gastos do governo.
"O problema não é que tem que cortar. O problema é saber se precisa efetivamente cortar ou se precisa aumentar a arrecadação. Temos que fazer essa discussão", disse o petista em entrevista ao portal UOL, em meio ao mau humor do mercado com as políticas fiscais do governo.
"Aqui no Brasil, vira e mexe as manchetes são sempre assim: 'O governo está gastando demais, a dívida pública está muito alta', o que não é verdade. Se você pegar a média dos países da OCDE, eles gastam 110% do PIB; os EUA, 123%; a China, 83%; o Japão, 237%; e a Itália, 137%. No Brasil, [a dívida pública] é 76%, está muito aquém", acrescentou Lula.
O presidente ressaltou que aprendeu com sua mãe analfabeta que não se pode gastar mais do que se arrecada, porém defendeu "políticas sociais para que as pessoas tenham possibilidade de crescer". "Estamos fazendo uma análise de onde tem gasto exagerado, e isso com muita tranquilidade, sem levar em conta o nervosismo do mercado", afirmou. (ANSA)
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