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Olimpíadas terminam com pedido de paz e olhar para Los Angeles

Olimpíadas terminam com pedido de paz e olhar para Los Angeles

Festa no Stade de France encerrou oficialmente os Jogos de Paris

PARIS, 12 de agosto de 2024, 10:18

Redação ANSA

ANSACheck
Cerimônia de encerramento das Olimpíadas no Stade de France © ANSA/EPA

Cerimônia de encerramento das Olimpíadas no Stade de France © ANSA/EPA

Uma cerimônia de três horas de duração e com apelos por uma cultura de paz marcou neste domingo (11) o encerramento das Olimpíadas de Paris, na França, que passou o bastão para Los Angeles, nos Estados Unidos, sede da próxima edição dos Jogos, em 2028.
    Se a abertura do megaevento esportivo quebrou paradigmas ao se espalhar pelas margens do Rio Sena, que corta a "cidade-luz", a festa de fechamento foi realizada de forma mais tradicional, no Stade de France, casa das provas de atletismo.
    No entanto, antes de levar a celebração para o principal estádio de Paris, o nadador francês Léon Marchand, maior nome individual das Olimpíadas de 2024, com quatro medalhas de ouro (200m peito, 200m borboleta, 200m e 400m medley) e uma de bronze (4x100m medley), apagou a pira olímpica no Jardim de Tuileries.

Nadador Léon Marchand após apagar a pira olímpica

 
    Já no Stade de France, os porta-bandeiras carregaram os estandartes de seus países nos Jogos de Paris pela última vez, com destaque para a dupla de ouro do vôlei de praia Ana Patrícia e Duda pelo Brasil; para a boxeadora argelina Imane Khelif, que superou preconceitos e acusações falsas da extrema direita sobre seu gênero para conquistar o título olímpico no peso meio-médio; e o casal italiano Gregorio Paltrinieri (natação) e Rossella Fiamingo (esgrima), dono de oito medalhas olímpicas (duas de ouro, três de prata e três de bronze).
    Como é tradição, o pódio da maratona (desta vez a feminina) foi realizado na cerimônia de encerramento, com a holandesa Sifan Hassan (ouro), a etíope Tigst Assefa (prata) e a queniana Hellen Obiri (bronze).

Pódio das medalhistas na maratona feminina

 
    Após coreografias e danças que remetiam à tradição olímpica iniciada na Grécia Antiga, a banda francesa de indie rock Phoenix, em clima descontraído, levantou os 70 mil espectadores e agitou os atletas no Stade de France.
    "Juntos, nós vivenciamos os Jogos como jamais antes. De um dia para o outro, o tempo parou, toda uma nação começou a vibrar, e a França se reencontrou. Mostramos a melhor face do país", disse Tony Estanguet, presidente do Comitê Olímpico Francês.
    Já o chefe do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que, "apesar de todas as tensões do mundo, a cidade-luz brilhou como nunca". "Vocês criaram uma cultura de paz, e isso inspirou bilhões de pessoas no mundo todo. Os Jogos Olímpicos não podem criar a paz, mas podem criar uma cultura de paz que inspire o mundo", salientou o cartola.
    Em seguida, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, entregou a bandeira olímpica à sua homóloga de Los Angeles, Karen Bass, que entrou no estádio acompanhada da ginasta americana Simone Biles, dona de três ouros e uma prata nas Olimpíadas de 2024.
    Essa será a terceira vez que a megalópole da Califórnia sedia as Olimpíadas, após 1932 e 1984. Na sequência, o ator americano Tom Cruise, conhecido pelos filmes de ação, pulou da cobertura do Stade de France pendurado em um cabo, com trilha sonora de Gabriella Wilson, mais conhecida como H.E.R.
    Celebrado pelos atletas, o astro do cinema levou a bandeira olímpica em uma moto, ao som de "By the way", da banda Red Hot Chilli Peppers, ícone da música de Los Angeles. Um clipe ainda mostrou os anéis olímpicos no famoso letreiro de Hollywood e outros pontos icônicos da segunda maior cidade dos EUA.

Tom Cruise sai de moto do Stade de France

 
    Em uma praia com o slogan LA28 ao fundo, os Chilli Peppers e Billie Eilish, ambos de Los Angeles, e o rapper Snop Dogg, da vizinha Long Beach, mostraram ao mundo a música da sede das Olimpíadas de 2028.
    Quando a cerimônia voltou a Paris, foi para dizer adeus. "Eu declaro os Jogos da 33ª Olimpíada encerrados", disse Bach antes de a chama olímpica ser apagada pelo sopro de atletas dos cinco continentes.
   

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