A Associação Internacional de Boxe (IBA), suspensa pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), insistiu nesta segunda-feira (5) que as boxeadoras Imane Khelif e Lin Yu-ting "são homens".
A argelina e a taiwanesa, presentes nas Olimpíadas de Paris e já garantidas com ao menos uma medalha de bronze, foram impedidas de competir no Mundial passado em razão de um teste que indicou a presença dos cromossomos XY.
Na época, o órgão afirma que as exclusões de Khelif e Lin foram uma "decisão extremamente importante e necessária para manter o nível de justiça e integridade da competição".
Com a suspensão da IBA e adotando medidas diferentes da federação internacional, o COI indicou que as pugilistas cumpriram os requisitos médicos necessários e admitiram as duas nos Jogos de 2024. Além disso, o comitê recordou que elas lutaram normalmente contra outras atletas nos últimos anos.
"Um primeiro exame de sangue em 2022 revelou anomalias, depois confirmadas em 2023: as duas pugilistas tinham um 'cariótipo' anormal, o que indica que são do sexo masculino", disse Ioannis Fillipatos, presidente do comitê médico da IBA.
O caso envolvendo Khelif explodiu no início das Olimpíadas, quando a italiana Angela Carini abandonou o combate contra a argelina poucos segundos depois do início. A luta irritou o governo do país europeu, tanto que vários ministros criticaram a boxeadora.
O pai de Khelif, atleta responsável pela primeira medalha da Argélia na capital francesa, garantiu que sua filha "é uma menina".
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