O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou apoio ao Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia após os mandados de prisão contra o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e o líder da ala militar do Hamas, Mohammed Deif, mas disse que ainda vai avaliar como proceder a respeito do caso.
"Veremos quais são os conteúdos da decisão e as motivações que impulsionaram essa decisão da corte. Nós apoiamos o TPI, lembrando sempre que a corte deve desempenhar um papel jurídico, e não político", declarou Tajani à margem de um fórum de negócios em Paris, na França.
"Avaliaremos o que fazer e como interpretar essa decisão juntos com nossos aliados", acrescentou.
Netanyahu, Gallant e Deif são acusados de crimes de guerra e contra a humanidade no âmbito do conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, deflagrado em 7 de outubro de 2023.
Todos os países signatários do Estatuto de Roma, que criou o TPI, são obrigados a cumprir os mandados emitidos pela corte. Dessa forma, Netanyahu poderia ser preso caso visitasse alguma nação integrante do tribunal.
É por esse motivo que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, alvo de mandado de prisão por crimes de guerra na Ucrânia, tem evitado realizar viagens internacionais, como para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
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