(ANSA) - Morreu nesta segunda-feira (22), aos 79 anos, o ex-atacante Luigi "Gigi" Riva, vice-campeão mundial em 1970 pela seleção da Itália.
No último domingo (21), após um infarto, ele foi internado em um hospital na cidade de Cagliari.
Maior ídolo da história do Cagliari e campeão italiano na temporada 1969/70, Riva foi submetido a exames após passar mal em casa nos últimos dias.
Foi constatada a necessidade de uma cirurgia cardíaca, mas inicialmente havia sido informado que o estado de saúde do ex-atleta, campeão europeu em 1968 com a Azzurra, não era grave.
Ele, que atualmente era presidente honorário do Cagliari, havia completado 79 anos de idade no último dia 7 de novembro.
Sempre uma figura reservada e discreta, Gigi Riva morava em um apartamento no centro de Cagliari, e nos últimos anos limitou até mesmo suas habituais caminhadas pelas ruas do bairro.
Riva era considerado o melhor atacante italiano do pós-guerra. Ele ainda detinha o recorde de gols marcados pela seleção: 35 em 42 partidas, uma média incrível de 0,83 gols por jogo.
Repercussão
Autoridades, ex-colegas e clubes italianos lamentaram a perda, nesta segunda-feira (22), do ex-jogador italiano Luigi “Gigi” Riva, aos 79 anos, vítima de problemas cardíacos.
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, disse: " Seus sucessos esportivos, seu caráter de grande seriedade e a dignidade de seu comportamento em todas as circunstâncias conquistaram o afeto de milhões de italianos, mesmo aqueles que não acompanhavam o futebol”.
“Nos deixa um grande esportista que marcou a história do futebol e da nossa seleção nacional. Que a terra lhe seja leve, campeão", disse a primeira-ministra, Giorgia Meloni.
À ANSA, Roberto Boninsegna, que foi companheiro do “rombo di tuono” (estrondo de trovão, em português), lembrou: "Quando cheguei ao Cagliari, ele estava lá, e dormi com ele no quarto. Foram anos maravilhosos, porque aquele era um Cagliari que estava nascendo. Não tendo carro, vivíamos juntos. Café da manhã, almoço, jantar: tudo. Ele me levava para todo lugar”.
Ele também relembrou o episódio quando, em 1969, Gigi recebeu uma proposta milionária da Juventus: “Quando chegou a hora de escolher, ele recusou a Juve, mas eu aceitei a Inter porque era torcedor desde criança. Para ele, a Sardenha era tudo", concluiu.
Com a escolha, Riva sagrou-se campeão da série A pelo Cagliari no ano seguinte, e justamente a Juventus foi vice-campeã.
Dino Zoff, outro ex-companheiro, também lamentou à ANSA: "Sinto uma tristeza infinita, é uma grande perda, de um grande amigo. Tenho muitas coisas ligadas a Gigi, fizemos o serviço militar juntos, depois vencemos a Eurocopa de 1968 e continuamos com as outras seleções, até 2000, quando eu era técnico e ele era dirigente. Tínhamos uma ótima relação, era impossível não ser amigo dele”.
Enrico Albertosi, também colega de Cagliari, disse: "Eu perco um irmão, passamos muitos anos juntos, dormimos juntos no Cagliari e na seleção, perco uma pessoa que foi importante para mim”.
Entre os clubes que lamentaram a partida estão a Internazionale, o Milan e o Monza. O Cagliari, do qual Riva foi o maior ídolo e era presidente de honra, publicou nas redes sociais: “Para sempre Gigi”.
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