(ANSA) - Três anos depois da morte do ex-jogador Diego Maradona, o recurso dos herdeiros do argentino contra uma suposta evasão fiscal de cerca de 37 milhões de euros foi aceita pela Suprema Corte de Cassação da Itália.
A disputa judicial estava ligada às taxas pagas pelo Napoli ao ex-craque na década de 1980. Na época, os pagamentos de direitos de imagem enviados para contas no Liechtenstein por duas empresas estrangeiras entraram na mira dos investigadores.
No entanto, a Suprema Corte de Cassação do país europeu, através da presidente Roberta Crucitti, acolheu o recurso do advogado Massimo Garzille, que representa o ídolo napolitano. O caso retornará à comissão tributária da Campânia, que deverá manifestar novamente sua opinião em relação ao assunto.
Caso a sentença definitiva do tribunal seja negativa, a dívida pendente recairia sobre os ombros dos herdeiros de Maradona.
"O assunto pode ser considerado encerrado porque Maradona não deve nada ao fisco italiano, toda operação, mesmo matemática, lógica e justiça, leva a zero. A questão já poderia ter sido resolvida com o pedido de legítima defesa que apresentamos em 2009. Quem irá agora compensar todos os danos pessoais, financeiros e de imagem sofridos por Maradona durante 30 anos?", questionou Angelo Pisani, histórico advogado do ex-astro, em entrevista à ANSA.
A partir do início da década de 90, quando Maradona já estava no fim de sua passagem gloriosa pela Itália, o caso foi marcado por inúmeros recursos e apreensões.
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