(ANSA) - Morreu aos 89 anos de idade, no Brasil, Antonio Rosellini, decano dos agentes da Fifa que foi o responsável por levar à Itália craques brasileiros como Junior, Falcão, Cerezo, Careca e Alemão.
O italiano escolheu viver no Rio de Janeiro, mas nunca esqueceu suas origens, da Úmbria, que visitava em todos os verões.
Depois de trabalhar no ramo de seguros e na associação de gestão coletiva italiana Siae, Rosellini, entre os anos 1960 e 1970, se tornou dirigente do Foligno, clube de sua cidade natal.
Lá, organizou amistosos e começou viagens à América do Sul para levar à Europa clubes mais renomados. Em uma ocasião, lotou o pequeno Campo de li Giochi para um jogo com o Flamengo.
Com as fronteiras fechadas para jogadores estrangeiros desde 1966, a Itália viu uma reabertura em 1980, era em que Rosellini foi o responsável por levar os jogadores brasileiros.
Por suas mãos, Junior foi para o Torino; Falcão e Toninho Cerezo para a Roma; e Careca e Alemão para o Napoli.
Acabou sendo procurado por praticamente todos os clubes em busca de talentos. Em uma entrevista, lembrou: "Eu tinha oferecido o Alemão ao Lecce por 'quatro centavos', não quiseram. Vendi na Espanha por 10 vezes mais, e depois mais ainda para a Itália".
Ele também foi o responsável pela ida da Seleção Brasileira a Gubbio, para amistosos antes da Copa de 1990, momento que acabou sendo marcado por um histórico e absurdo Umbria 1 x 0 Brasil.
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