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A um ano das Olimpíadas, França ainda enfrenta questionamentos

A um ano das Olimpíadas, França ainda enfrenta questionamentos

Ao mesmo tempo, Paris sonha em fazer história nos Jogos de 2024

ROMA, 25 julho 2023, 12:40

Redação ANSA

ANSACheck

Jogos Olímpicos de Paris acontecerão entre os dias 26 de julho e 11 de agosto de 2024 © ANSA/EPA

(ANSA) - Faltando um ano para o início dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, a França tem a ambição de organizar as "maiores" Olimpíadas da história, mas ainda há muitas dúvidas e questionamentos sobre o megaevento esportivo.

Apesar de algumas escolhas corajosas, mas arriscadas, a fase organizativa é acompanhada por algumas questões pontuais, desde o temor de um orçamento que supere todas as previsões até a suspeita de licitações fraudulentas.

O custo total dos Jogos de Paris, segundo a imprensa local, pode variar de 6,6 até 8,8 bilhões de euros, mas o chefe do comitê organizador, Tony Estanguet, argumenta que o orçamento é de 4,4 bilhões de euros, sendo que 96% do valor é coberto pelo setor privado.

A quantia para organizar um evento dessa magnitude pode chamar atenção, mas os responsáveis pelas Olimpíadas, pelo menos, parecem não ter grandes problemas com as instalações, pois as únicas três construções em curso não apresentam atrasos e deverão ser entregues em 1º de março, como era previsto.

Entre os dias 26 de julho e 11 de agosto de 2024, a capital francesa estará no centro do mundo, o que fará Paris receber milhares de pessoas. Isso acarretará em um aumento galático nos preços dos hotéis e apartamentos privados, tantos que muitos cidadãos deverão deixar a cidade durante o período olímpico para alugar suas próprias residências.

O grande fluxo de pessoas na capital francesa pressionará os transportes de Paris, tema tratado como um pesadelo para a organização. A expectativa é que entre nove e 10 milhões de indivíduos sejam transportados por dia de um local para outro ao longo das Olimpíadas.

Assim como o transporte, a segurança é um outro tema extremamente delicado. O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, afirmou que pelo menos 35 mil agentes deverão patrulhar as ruas parisienses, mas vale destacar que o país sofreu com os tumultos em virtude do assassinato de Nahel, de 17 anos, por um oficial durante uma blitz.

"Estamos muito atentos. Os desafios aumentaram, mas também a nossa ambição. Nunca houve tanta vontade de sediar os Jogos Olímpicos, essa empreitada será um sucesso e ficará para a história", apontou Estanguet.

Além dos desafios organizacionais, a França lidará com o risco de boicotes e a possível exclusão de atletas russos e bielorrussos em função da guerra na Ucrânia, que dura quase um ano e meio. Esse tema ainda será debatido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), mas provavelmente resolvido em outubro.

O que esperar da Itália?

O chefe da missão da Itália nas Olimpíadas, Carlo Mornati, declarou que o sonho é seguir evoluindo, além de superar os resultados alcançados nas Olimpíadas de Tóquio, no Japão, onde os atletas do país conquistaram 40 pódios com 10 medalhas de ouro.

"Se há uma coisa que funciona e cresce na Itália é o esporte. Nossa coleção de medalhas na França pode chegar a 44, tanto que a tendência dos últimos 10 anos é melhorar continuamente. Os indicadores são todos positivos", disse Mornati.

O secretário-geral do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni) acrescentou que o país deverá levar de 350 a 400 atletas para Paris. Ao todo, o número de integrantes da delegação da Azzurra é estimado em 600 pessoas entre técnicos e staff.
   

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