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Berlusconi, do amor e títulos no Milan até os acessos no Monza

Berlusconi, do amor e títulos no Milan até os acessos no Monza

Ex-premiê italiano transformou o futebol em um espetáculo

ROMA, 12 junho 2023, 12:04

Redação ANSA

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Em Milão, Berlusconi gastou mais de um bilhão de euros e ganhou 29 troféus - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - O senador e ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, que faleceu nesta segunda-feira (12), aos 86 anos, entrelaçou seus negócios empresariais e políticos com o futebol, tendo feito muito sucesso à frente do Milan e do Monza.

A filosofia implantada por Berlusconi em seus clubes, principalmente durante os 31 anos em que permaneceu no comando dos rossoneri, era baseada em um time-empresa, campanhas faraônicas de aquisições e o "bom jogo" para construir sucessos e vender entretenimento.

Em Milão, por exemplo, o ex-premiê comprou o tradicional Milan de Giussy Farina em fevereiro de 1986, quando o clube rossonero estava à beira da falência. Em três décadas, o "Cavaliere" gastou mais de um bilhão de euros e venceu 29 troféus.

O impacto do empresário na capital da região da Lombardia foi tão grande que estabeleceu um "pré" e um "pós-Berlusconi" no futebol italiano, assim como fez na televisão e na política.

Querendo apresentar a ideia do futebol como um espetáculo, Berlusconi afastou o ídolo milanista Gianni Rivera em seu primeiro mês como dono da equipe e organizou a agremiação e suas empresas através de um departamento de marketing, uma novidade entre os participantes da Série A.

O período em que o Milan esteve sob a batuta de Berlusconi passou por altos e baixos, desde o clube dos gastos loucos e dos históricos capitães Franco Baresi e Paolo Maldini, até a venda para o misterioso empresário Li Yonghong, momento em que os rossoneri passavam por uma crise esportiva e administrativa.

Sempre ao lado do amigo de confiança e braço direito Adriano Galliani, Berlusconi também foi protagonista no Monza ao garantir a subida da equipe biancorossa da terceira para a primeira divisão. A compra do time, em 2018, foi tratada com estranheza, principalmente por ser um clube não exatamente em linha com as glórias da história milanista.

Em Monza, Berlusconi não adotou os mesmos moldes usados em Milão, mas a estratégia do empresário foi dando certo aos poucos, pois deu segurança financeira ao instável time biancorosso e o colocou no mapa do futebol italiano.
   

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