(ANSA) - A polícia espanhola anunciou nesta terça-feira (23) a prisão de pelo menos três torcedores do Valencia que participaram dos ataques racistas contra o atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, no estádio Mestalla.
As autoridades locais também confirmaram a detenção de outros quatro indivíduos suspeitos de simularem em janeiro um enforcamento do brasileiro em uma ponte de Madri. No geral, as sete pessoas foram presas por crimes de ódio.
A ação dos agentes do país europeu é vista como uma resposta para a grande pressão internacional que surgiu após as ofensas dos fãs do Valencia contra Vini Jr.
O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, participou de uma coletiva de imprensa e voltou a mostrar firmeza na luta contra o racismo.
"Estamos todos preocupados com o que aconteceu. Eu acho justo que se fale tanto desse assunto, pois é uma grande chance de tentar melhorar as coisas. Gostaria de dizer que a Espanha não é um país racista, mas há racismo, e isso tem que mudar", disse o italiano.
Além de confirmar que o astro do Real Madrid está "triste", o comandante da equipe espanhola pediu mais ação por parte das autoridades.
"Sejamos claros, o Vinicius Júnior é vítima de tudo isso. Ele está triste e não treinou hoje porque teve um pequeno desconforto no joelho. É muito bom condenar, mas não é o suficiente, quero que tudo isso seja posto em prática", comentou Ancelotti.
Os vários ataques racistas contra Vini Jr. aumentou a possibilidade do atacante deixar os merengues, mas o treinador italiano não acredita na saída do atacante de 22 anos.
"Acho que não, porque ele adora jogar futebol e ama o Real Madrid, seu amor pelo clube é grande e ele quer fazer carreira aqui. Ele não perdeu a esperança", concluiu.
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