(ANSA) - As autoridades italianas realizaram nesta quarta-feira (5) uma série de buscas nos escritórios dos clubes da Série A Roma, Lazio e Salernitana, como parte de uma investigação sobre suas negociações de transferência.
O inquérito sobre a Roma diz respeito a transferências feitas entre 2017 e 2021 de ao menos 11 jogadores, que foram comprados ou vendidos pelo time da capital italiana. Entre eles, estão as mudanças de Marchizza e Frattesi para o Sassuolo; de Tumminello para a Atalanta; de Luca Pellegrini para a Juventus; de Cetin, Cancellieri e Diaby para o Verona.
Já sobre as contratações, os nomes que aparecem são os de Defrel, do Sassuolo, Spinazzola, da Juventus, Cristante, da Atalanta, e Kumbulla, do Verona.
De acordo com a nota, o presidente e vice-presidente da Roma Dan e Ryan Friedkin e o ex-presidente da empresa James Pallotta, além dos ex-diretores Umberto Gandini e Guido Fienga também estão sob investigação por falsas comunicações corporativas na competição.
As autoridades relatam que, ao longo dos anos, os executivos "incluíram no patrimônio do balanço montantes auferidos no âmbito de transações caracterizados por valores significativamente aumentados ou em qualquer caso não compatível com o mercado".
O atual administrador Pietro Berardi, Gandini, Fienga e Baldissoni também estão sob investigação por violação do artigo 2º do decreto-lei 74/2000, ou seja, declaração fraudulenta através do uso de faturas ou outros documentos para operações inexistentes.
"Para sonegar impostos sobre rendimentos ou valor acrescentado, valendo-se de faturas ou outros documentos para transações (total ou parcialmente) inexistentes" indicaram "numa das declarações (incluindo complementares)" relativas a impostos, "elementos passivos fictícios relativos às operações" de venda de jogadores, acrescenta o comunicado.
Por sua vez, as buscas realizadas na Lazio e Salernitana estão relacionadas aos negócios feitos entre os dois clubes entre 2017 e 2021, quando ambos eram propriedade do cartola Claudio Lotito.
Lotito e o diretor esportivo do clube biancoceleste, Igli Tare, estão sendo investigados pela promotoria de Tivoli junto com outras cinco pessoas no âmbito do inquérito sobre as operações de compra e venda de jogadores.
De acordo com a justiça, as buscas foram ordenadas para "encontrar documentação contábil e não contábil referente às mesmas transferências, relativas a negociações pré-contratuais, acordos e contratos assinados entre as duas empresas, acordos entre clubes e jogadores individuais".
Em um comunicado, a Salernitana disse que "a propriedade atual não tem nada a ver com as transferências que estão sendo investigadas, pois se referem às temporadas anteriores à mudança de mãos do clube".
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