(ANSA) - A jogadora de vôlei Paola Egonu, de 24 anos, confirmou que a Itália é um país racista e não descartou a possibilidade de retornar para a seleção.
Egonu, uma das estrelas do vôlei italiano, será uma das anfitriãs do Festival de Sanremo e participou de uma coletiva de imprensa ao lado de Amadeus, apresentador e diretor artístico do evento.
"Sim, mas isso não significa que todos sejam racistas ou ignorantes. Na minha opinião, é um país racista que está melhorando. Não quero parecer polêmica ou fazer um papel de vítima, mas simplesmente quero dizer como estão as coisas", declarou a atleta.
Os constantes ataques racistas fizeram com que Egonu deixasse a seleção italiana feminina de vôlei, mas a jogadora não excluiu a chance de voltar a defender a equipe azzurra.
"Um regresso à seleção? Estou metabolizando, mas existe essa possibilidade. Nunca saí da Itália, escolhi jogar na Turquia para crescer e voltar aqui", comentou.
Por fim, Egonu desconversou sobre uma de suas declarações para a revista Vanity Fair, quando confessou que tem medo de dar à luz um filho na Itália.
"Eu nunca pronunciei essas palavras. Eu estava me referindo a um episódio anterior à pandemia, quando minha irmã e eu conversamos com preocupação sobre o que estava acontecendo nos EUA. Não acho que ter um filho negro seja condená-lo à infelicidade, até porque estou feliz. Essa frase foi um exagero", concluiu.
Jogadora do VakifBank, da Turquia, Egonu auxiliou a Azzurra a vencer um Europeu, em 2021, e a Liga das Nações, em 2022. A jogadora já foi vítima de inúmeros ataques racistas ao longo da carreira.
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