Um dirigente de alto escalão da Stellantis disse que a relação "conflituosa" com stakeholders foi um dos motivos para a saída do CEO Carlos Tavares, que renunciou ao cargo repentinamente no último domingo (1º).
Segundo Doug Ostermann, CFO (diretor financeiro) do grupo automotivo, pesou para o rompimento a "relação conflituosa criada com todas as principais partes interessadas: fornecedores, negociadores, sindicatos e governos".
Além disso, também contribuiu para a saída de Tavares, que ocupava o cargo desde a fusão da ítalo-americana Fiat Chrysler Automobiles (FCA) com a francesa PSA, o "atraso no lançamento de novos produtos".
"Precisamos reconstruir a confiança com todos os nossos interlocutores, e precisamos trabalhar imediatamente. Exigirá tempo, mas é uma prioridade", ressaltou Ostermann. O CFO também apontou divergências entre o executivo português e o conselho de administração a respeito das "prioridades do grupo para os próximos 15 ou 16 meses".
Tavares deixaria o comando da Stellantis somente no começo de 2026, mas antecipou sua saída no último domingo, na esteira da disputa com o governo da Itália sobre investimentos no país e dos números abaixo do esperado nos mercados europeu e americano.
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