(ANSA) - "Quando olhamos o mapa do crescimento europeu, vemos que a contribuição do espaço fiscal criado por fundos e investimentos comuns é muito clara. As diferenças entre os países europeus não aumentaram e evitou-se a recessão, mas agora é preciso dar um pouco de força ao motor europeu."
A fala é do comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, em uma entrevista à ANSA, à margem do G20 no Brasil.
"Todos falam de forma justamente positiva sobre o fato de que a economia mundial está caminhando para um 'pouso suave', mas como mencionei em uma dessas reuniões, também seria necessária um 'decolagem segura', pois é necessário impulsionar a economia, especialmente na Europa, onde a atividade ainda está muito reduzida.”
Taxação de multinacionais
O pacote "sobre tributação de multinacionais tem dois pilares que devem andar juntos. Acredito que 2024 seja o ano decisivo para fechar o acordo, também porque os Estados Unidos estão em ano eleitoral e precisamos aproveitar a oportunidade de boa cooperação com a administração Biden".
Ele destacou a importância do compromisso, que emergiu no G20, "para assinar a convenção multilateral sobre o pilar um" sobre a realocação dos lucros de multinacionais com receitas superiores a US$ 20 bi nos países onde geram lucro e não onde têm sede.
Ativos russos
"Os lucros extras acumulados pelos ativos russos congelados podem ser separados e utilizados. O Conselho da UE já decidiu separá-los e a Comissão Europeia [Executivo do bloco] fará uma proposta ao Conselho para utilizá-los. Estamos falando de 3-4 bilhões por ano, portanto, não é uma quantia insignificante. Considerando que o apoio econômico da UE à Ucrânia é de aproximadamente 18 bilhões por ano, ter mais quatro significa 25% a mais".
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