(ANSA) - A vida cotidiana da população comum, composta por escravos, libertos, artesãos e trabalhadores de várias categorias, está em primeiro plano na exposição "A outra Pompeia. Vidas comuns sob a sombra do Vesúvio", inaugurada na última sexta-feira (15) no Anfiteatro do sítio arqueológico de Pompeia, na Itália.
Com sete seções, cerca de 300 descobertas e três instalações multimídia, o percurso expositivo permite acompanhar o curso da existência dos que pertenciam a essa população, do nascimento à morte, investigando suas atividades cotidianas, alimentação, relações interpessoais, costumes e formas de diversão, mas também a relação com a fé religiosa e muito mais.
"A outra Pompeia" representa 80% da população menos rica que vivia na antiga cidade. Segundo a organização, ao contar as vidas comuns dessa maioria, o objetivo é "restituir a eles memória e dignidade histórica", e complementar os livros e guias, que nem sempre vão além das ricas moradas com mobiliário requintado.
A maior parte da população vivia em casas formadas por poucos ambientes, e justamente essa miríade de espaços anônimos e de pessoas desconhecidas constituía o tecido urbano e social da antiga Pompeia que a mostra quer explorar.
Isso é feito através de um itinerário em que é possível admirar as reconstruções quase completas de alguns dos espaços de moradia, que revelam contextos cotidianos extraordinários, como um cômodo de escravos, ainda em processo de escavação, onde foi possível fazer moldes do mobiliário completo, incluindo uma das camas, uma simples cama de campanha com rede de cordas.
"A mostra conta uma beleza diferente da habitual, clássica e marmórea, e propõe a estética da vida cotidiana, dos objetos e das imagens que circundavam as pessoas comuns e que procuramos valorizar com uma configuração muito original, aos cuidados do arquiteto Vincenzo De Luce", destacou o diretor do Parque Arqueológico de Pompeia, Gabriel Zuchtriegel.
Através de uma seção do app My Pompeii, o visitante poderá sortear a identidade de um antigo habitante de Pompeia, com o qual vai se identificar e acompanhar seu caminho de vida nas várias casas do sítio arqueológico.
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