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Concentração de CO2 na atmosfera bate recorde em 2023

Concentração de CO2 na atmosfera bate recorde em 2023

Novo relatório da OMM chega às vésperas da COP29, em Baku

ROMA, 28 de outubro de 2024, 11:13

Redação ANSA

ANSACheck
Concentração de CO2 na atmosfera é 151% maior que na era pré-industrial - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Concentração de CO2 na atmosfera é 151% maior que na era pré-industrial - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A concentração de dióxido de carbono (CO2), um dos gases causadores do efeito estufa, na atmosfera da Terra atingiu em 2023 o nível mais alto já medido na história da humanidade, com 420 partes por milhão (ppm), o que significa um aumento de 151% em relação à era pré-industrial.
    Os dados foram divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta segunda-feira (28), a menos de 15 dias do início da COP29, em Baku, e mostram que, apesar das promessas de redução feitas pela maioria dos países, as emissões de carbono continuam crescendo.
    De acordo com a OMM, entre as principais causas do aumento estão incêndios florestais, as elevadas emissões de CO2 por atividades humanas e a redução da absorção de dióxido de carbono em florestas.
    A última vez que a Terra teve uma concentração tão alta de CO2 foi entre 2 milhões e 5 milhões de anos atrás, quando a temperatura média global era entre 2º e 3ºC superior aos patamares atuais, e o nível dos mares era de 10 a 20 metros mais elevado.
    Em 2022, a concentração de dióxido de carbono era de 417,9 ppm; em 2021, de 415,7 ppm. Nos últimos 20 anos, segundo a organização, o nível de dióxido de carbono aumentou 11,4%, ritmo de crescimento mais elevado na história da humanidade.
    Ainda de acordo com a OMM, a concentração do metano, outro gás causador do efeito estufa, atingiu 1934 partes por bilhão (ppb) em 2023, alta de 265% em relação aos níveis pré-industriais, enquanto a de dióxido de nitrogênio chegou a 336,9 ppb (+125%).
    "Outro ano, outro recorde. Isso deveria ligar o alarme em todas as instâncias decisórias. Não há dúvidas de que estamos muito longe de cumprir o objetivo do Acordo de Paris de manter o aquecimento global muito abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais", disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.
    "Não são meras estatísticas. Cada parte por milhão e cada fração de grau de incremento da temperatura comportam consequências reais para nossas vidas e nosso planeta", acrescentou.
   

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