Nos últimos 25 anos, a temperatura média no Mar Mediterrâneo aumentou 0,5°C, mostrou um estudo publicado pela Agência Nacional para Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Econômico (Enea) da Itália nesta sexta-feira (16). O documento foi elaborado para um evento em que se celebram os 25 anos do Observatório Climático da ilha de Lampedusa.
Conforme o relatório, o período também registrou um aumento na frequência e na intensidade de ondas de calor por toda a região. Outro destaque é que a emissão de dióxido de carbono (CO2) na área passou de 365 partes por milhão (ppm) para 425ppm, uma alta de 15% no período.
"Antes da revolução industrial, o conteúdo atmosférico de CO2 ficava em torno de 280ppm, enquanto em 1992, quando começamos a medir o dióxido de carbono em Lampedusa, era de 350ppm. Agora, registramos 420 partes por milhão, com um incremento fortíssimo nos últimos 25 anos", ressaltou um do representantes do Enea, Alcide di Sarra, ao apresentar o texto.
O pesquisador do Enea, Damiano Sferlazzo, ressaltou ainda que "da época pré-industrial até 1997, a concentração atmosférica de metano mais do que dobrou, passando de 720 para 1.825 partes por bilhão (ppb) - e aumentou mais 8% nos últimos 20 anos, com uma taxa de crescimento que, a partir de 2010, tornou-se mais rápida, chegando a 15 ppb/ano em 2021".
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