(ANSA) - Em tempos de mudanças climáticas, há um amplo campo de trabalho conjunto para desenvolver entre Itália e Brasil, afirma a presidente do Conselho Nacional de Pesquisas (CNR), a italiana Maria Chiara Carrozza, que está nesta terça-feira (14) em Brasília para visitar a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Um dos objetivos da visita é o de explorar o trabalho que pode ser desenvolvido pelos italianos e brasileiros em setores como agricultura de precisão, a robótica e as biotecnologias.
"O Brasil tem um papel muito importante na luta contra as mudanças climáticas. Tem muitas áreas protegidas na Amazônia e em outras regiões, o que representa um capital para o Brasil e para o mundo todo", disse a cientista em entrevista à ANSA.
A colaboração entre pesquisadores de ambos os países pode contribuir para a luta contra as mudanças climáticas, destaca Carrozza, a primeira mulher a se tornar presidente do CNR.
"É preciso desenvolver modelos científicos que saibam antecipar os eventos climáticos que antes não existiam. Na Itália, há fenômenos sem precedentes e não temos modelos para preveni-los", continua a ex-ministra da Educação, Universidade e Pesquisa do governo Enrico Letta (2013-2014).
"Precisamos antecipar o impacto das atividades humanas e sociais sobre o ambiente, sobretudo nas áreas protegidas" no Brasil, afirma ainda Carrozza, que ontem debateu o assunto com a ministra brasileira de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, no âmbito do Fórum Nacional do Conselho dos Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti).
"Levarei muitos sinais positivos à Itália e a Itália tem a necessidade de redescobrir o Brasil", pontua Carrozza, anunciando que, nesse contexto de reaproximação, a Itália poderia acolher profissionais brasileiros, além de enviar os seus pesquisadores na Amazônia.
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