(ANSA) - Entre as diversas faces da tragédia das chuvas e alagamentos na Emilia-Romagna, uma das principais foi a destruição do chamado "Vale das frutas" italiano. Estimativas apontam que entre 10 milhões e 15 milhões de plantas morreram com o fenômeno climático e que serão necessários de quatro a cinco anos para uma recuperação total.
Os cultivos mais afetados foram pêssegos, nectarinas, kiwis, damascos e ameixas, todos em sua temporada de maturação, e aumentos nos preços são esperados já nas próximas semanas - além da escassez dos frutos pela quebra na produção, estimada em 15% a 20% .
E os números são provisórios, conforme a Confagricoltora Emilia-Romagna, porque na estimativa ainda não foram incluídas as áreas que sofreram com deslizamentos - totais ou parciais - apenas as que foram destruídas por alagamentos.
O presidente da associação, Fabio Massimo, disse que o país "nas próximas semanas, vai viver um verdadeiro terremoto". "As inundações destruíram os produtos da temporada, como peras, maçãs, ameixas, em plena fase de maturação, o que causará uma diminuição geral da qualidade e da quantidade de frutas e verduras, assim como um aumento nos custos", pontuou.
A maior associação de agricultores diretos italianos, a Coldiretti, informa que a Emilia-Romagna produz mais de 20% do damasco nacional e de 10% dos pêssegos e das nectarinas, além de ter mais de 50 mil empresas voltadas para produtos agroalimentares.
Muitas dessas companhias também foram alagadas e, uma primeira estimativa de danos da Confagricoltora Forlì-Cesena, aponta mais de "1,5 bilhão de euros" em prejuízos.
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