(ANSA) - A plataforma de locação de curta duração Airbnb fechou um acordo com a Agência da Receita da Itália e vai pagar 576 milhões (R$ 3 bi) de euros a título de impostos que deixaram de ser pagos.
O valor vai substituir o que o Airbnb devia por não reter impostos dos anfitriões nos anos fiscais de 2017 a 2021, mas a plataforma não vai cobrar nenhum valor extra dos proprietários de imóveis.
"O acordo significa que podemos focar na continuidade da nossa colaboração com as autoridades italianas em questões fiscais, regras para aluguéis de curta duração e turismo sustentável, em benefício dos hosts e dos hóspedes. Há milhares de hosts na Itália", prossegue o texto.
"Mais de três quartos deles têm apenas um anúncio; o host típico ganhou pouco mais de 3.500 euros [R$ 18,7 mi] no ano passado. Cerca de dois terços (59%) afirmam que a renda gerada hospedando permite que cheguem ao final do mês", acrescentou a empresa.
O Airbnb informou que "em outubro de 2023, o governo italiano apresentou a lei orçamentária para 2024 que, em sua versão atual, esclarece como as plataformas devem reter futuramente os impostos de renda de hosts não profissionais na Itália".
"Recebemos bem essa proposta. Essas regras são projetadas para permitir que as autoridades nacionais coletem os impostos devidos, ao mesmo tempo em que suportam um sistema de transmissão de dados consistente e padronizado. Já informamos os hosts italianos sobre como essas mudanças afetarão suas atividades no Airbnb".
A empresa também disse aprovar os avanços nas regras, incluindo a criação de um sistema de registro nacional na Itália e um quadro europeu de compartilhamento de dados.
"Esses avanços tornarão mais fácil para os centros históricos, como os de Veneza e Florença, entenderem quem está se hospedando e por quanto tempo, permitindo o desenvolvimento de políticas públicas proporcionais ao fenômeno. A empresa está determinada a colaborar com as autoridades italianas", concluiu a nota da plataforma.
Do valor total de 576 milhões de euros, 353 milhões (R$ 1,9 bi) são referentes às retenções, e 174 milhões (R$ 932 mi) são a título de penalidades administrativas. Outros 49 milhões de euros (R$ 262 mi) são juros.
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