(ANSA) - A Câmara Municipal de Florença aprovou nesta segunda-feira (2) um projeto de lei que proíbe a criação de novos imóveis de curta locação no centro histórico da cidade, considerado Patrimônio Mundial pela Unesco.
O PL foi enviado ao plenário pelo prefeito, Dario Nardella, e prevê ainda a isenção do imposto municipal sobre o segundo imóvel, por três anos, para quem desistir de alugar seu imóvel no sistema de curta locação, retornando ao modelo convencional.
A medida é uma tentativa de Florença de impedir a expansão desenfreada do fenômeno dos aluguéis turísticos curtos que vêm "colonizando" cidades históricas, especialmente através de plataformas como Airbnb.
"Essa iniciativa não é uma panaceia, mas é um passo concreto", defendeu o prefeito, definindo as tentativas nacionais de regulamentar a questão como "decepcionantes e inadequadas".
"Esse é um caminho com significado político: queremos quebrar essa situação de inércia. Em 2016 tínhamos pouco menos de 6 mil apartamentos no Airbnb, hoje temos 14,3 mil. Nesse meio tempo, o custo médio mensal das locações residenciais comuns subiu 42%", explicou.
"Só nesse último ano, o aumento foi de 15,1%. Significa pagar, por um quarto só, ao menos 500 euros por mês (R$ 2,6 mil). Dos florentinos que vivem no centro, 40 mil reclamam de morar em 'condomínios-hoteis'", acrescentou, em referência a prédios que fazem os dois tipos de locação.
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