(ANSA) - O papa Francisco lavou os pés de 12 presidiárias na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, em um dos ritos mais tradicionais da Semana Santa, nesta quinta-feira (28).
As detentas eram de nacionalidades diversas e mostraram grande comoção por estar diante de Jorge Bergoglio, que, desde o início de seu pontificado, criou o hábito de celebrar o rito de lava-pés em cadeias italianas.
Com problemas de locomoção devido à idade avançada, o Papa de 87 anos desta vez não se ajoelhou e permaneceu sentado na cadeira de rodas enquanto lavava, enxugava e beijava os pés das presidiárias, muitas das quais não seguraram as lágrimas.
Francisco também celebrou em Rebibbia a homilia "In coena Domini", a missa de lava-pés, e lembrou que o ritual remete à vocação para servir. "Com o lava-pés, Jesus se humilha e nos faz entender o que ele disse: 'Eu não vim para ser servido, mas sim para servir'", afirmou Bergoglio.
Após as cerimônias, as detentas presentearam o Papa com verduras da empresa agrícola da prisão, um rosário com pedras nas cores do arco-íris e estolas brancas e roxas bordadas na oficina de costura da cadeia.
Já o pontífice levou às presidiárias um quadro da Virgem Maria com o Menino Jesus e um ovo de Páscoa gigante.
A missa de lava-pés faz parte do calendário de rituais da Semana Santa, que prosseguirá nesta sexta-feira (29), com a Via Crucis.
Na noite de sábado (30), o Papa fará a vigília pascal na Basílica de São Pedro, e, no domingo (31), pronunciará a mensagem "Urbi et Orbi" ("À cidade e ao mundo"), na qual aborda as principais crises da atualidade.
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