(ANSA) - O papa Francisco fez nesta quarta-feira (18) um novo apelo em defesa da paz no Oriente Médio, na esteira de um ataque que deixou centenas de mortos em um hospital na Faixa de Gaza.
"Também hoje, caros irmãos e irmãs, o pensamento vai para a Palestina e Israel. As vítimas aumentam, e a situação em Gaza é desesperadora. Por favor, que se faça todo o possível para evitar uma catástrofe humanitária", declarou o líder católico ao fim da audiência geral.
O Papa também alertou para o risco de "extensão do conflito, enquanto tantas frentes bélicas já estão abertas no mundo".
"Calem as armas, ouçam o grito de paz dos pobres, do povo, das crianças. Irmãos e irmãs, a guerra não resolve nenhum problema, apenas semeia morte e destruição, aumenta o ódio e multiplica a vingança. A guerra anula o futuro", disse.
Francisco ainda convocou uma jornada de orações e jejum pela paz em 27 de outubro. "Convido as irmãs e irmãos das várias confissões cristãs, os pertencentes a outras religiões e todos que se preocupam com a paz no mundo", ressaltou.
O ataque ao hospital Al-Ahli, em Gaza, teria deixado mais de 500 mortos e provocou consternação no mundo. O grupo radical Hamas culpa Israel, que diz que a tragédia foi causada por um foguete defeituoso da Jihad Islâmica.
Vaticano busca contato diplomático
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, declarou nesta quarta-feira que a Santa Sé “busca fazer contato dos dois lados”, referindo-se ao governo de Israel e à Autoridade Palestiniana.
“Como dizia São Paulo, é preciso ‘spes contra spem’, esperar quando não há mais esperança. Quando há razões para esperar é fácil, mas devemos ter esperança de superar esse momento trágico”, disse à ANSA, à margem da inauguração do World Jewish Congress no Vaticano.
“Reafirmo nossa forte condenação pelos ataques terríveis e tomada de reféns por parte do Hamas. Nossos pensamentos e orações estão com os reféns e as famílias, e me uno ao Papa pedindo liberação imediata”, acrescentou.
(ANSA)
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