(ANSA) - O papa Francisco telefonou novamente para a única igreja católica de Gaza na noite da última sexta-feira (13) para garantir aos abrigados no local que está fazendo todo o possível para evitar mais derramamento de sangue.
A informação foi divulgada pelo pároco de Gaza, padre Gabriel Romanelli - que está em Belém porque não pôde regressar a Gaza após a eclosão da guerra -, ao correspondente da TV2000 em Jerusalém neste sábado (14).
Segundo o sacerdote, depois de várias tentativas, o Pontífice conseguiu falar com o vice-pároco que está em Gaza, padre Youssef, e perguntou como todos que buscaram abrigo na paróquia estavam em meio ao conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas.
Na ligação, Francisco também questionou sobre as muitas crianças, cristãs e muçulmanas, assistidas pelas freiras de Madre Teresa, e garantiu que está fazendo tudo o que pode para resolver esta situação. No início da semana, Jorge Bergoglio já havia conversado com Romanelli para expressar sua proximidade por toda a comunidade na região.
A Igreja da Sagrada Família é a única paróquia católica em Gaza e acolhe atualmente 130 refugiados, enquanto outras dezenas estão alojadas em estruturas paroquiais próximas.
O novo telefonema foi feito no dia em que o Vaticano disse que está pronto para mediar negociações em favor da libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza e da proteção de civis palestinos.
Em declarações para a imprensa da Santa Sé, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ressaltou que essas duas questões "estão no centro das preocupações de todos nós, do Papa e de toda a comunidade internacional".
Inclusive, Parolin visitou a Embaixada de Israel junto à Santa Sé para levar solidariedade e proximidade espiritual ao embaixador Raphael Schutz pelo trágico ataque sofrido no último sábado.
Hoje, o secretário de Estado do Vaticano também telefonou para o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Shtayyeh, para expressar “pesar pelo que está acontecendo em Gaza”.
O religioso ressaltou o que já havia expressado a todas as partes envolvidas: “civis, hospitais e locais de culto não devem ser envolvidos no conflito”, relatou a Secretaria de Estado da Santa Sé. (ANSA)
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