(ANSA) - Começou neste domingo (24), na sede do Senado da Itália, o velório do ex-presidente Giorgio Napolitano, que faleceu na última sexta-feira (22), em Roma, aos 98 anos de idade.
Os italianos poderão prestar sua homenagem até o fim da tarde de segunda (25), enquanto o funeral - laico e com honras de Estado - será realizado na manhã de terça (26), no plenário da Câmara dos Deputados.
O velório de Napolitano já registrou as presenças de membros do alto escalão da política italiana, como o presidente Sergio Mattarella, a premiê Giorgia Meloni e os ex-primeiros-ministros Mario Monti, Paolo Gentiloni, Giuseppe Conte e Mario Draghi, além do papa Francisco, que apareceu de surpresa no Senado.
Enquanto o público fazia fila do lado de fora, o carro do pontífice estacionou em frente à entrada do edifício, e assistentes parlamentares correram para levar uma cadeira de rodas ao líder católico.
Uma vez dentro do Senado, o Papa se levantou para cumprimentar os familiares de Napolitano, incluindo a esposa Clio Maria Bittoni e os filhos Giovanni e Giulio.
Segundo o Vaticano, Francisco, recém-retornado de uma viagem à cidade francesa de Marselha, decidiu ir ao velório para "expressar seu afeto pessoal" à família e para "honrar o grande serviço prestado à Itália" pelo ex-presidente.
No livro de condolências, Jorge Bergoglio escreveu: "Uma lembrança e um gesto de gratidão por um grande homem e servidor da pátria". Essa foi a primeira vez na história que um pontífice entrou na sede do Senado italiano.
Napolitano foi o 11º presidente na história da República Italiana e o primeiro a ser reeleito para um segundo mandato, abrindo um precedente que seria seguido por seu sucessor, Sergio Mattarella.
Ex-membro do Partido Comunista Italiano (PCI), ele chefiou o Estado entre maio de 2006 e janeiro de 2015, quando renunciou ao cargo devido à idade avançada.
Ao longo desse período, foi uma figura de garantia institucional e estabilidade em um dos momentos mais complicados da história republicana da Itália: a crise do euro, quando Napolitano pressionou pela renúncia do então premiê Silvio Berlusconi e bancou um governo técnico guiado pelo economista Mario Monti.
Ele também foi presidente da Câmara dos Deputados (1992-1994), ministro do Interior (1996-1998) e ministro da Defesa Civil (1996-1998), além de parlamentar por quase 40 anos. (ANSA)
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