(ANSA) - O Vaticano declarou na noite da última quarta-feira (21) que apoia "plenamente a integridade territorial da Ucrânia", país invadido pelo regime do presidente da Rússia, Vladimir Putin, desde o dia 24 de fevereiro de 2022.
Em discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais do Vaticano, monsenhor Paul Richard Gallagher, disse que a Santa Sé "continua a empenhar-se em iniciativas humanitárias destinadas a aliviar o sofrimento da população ucraniana, especialmente dos mais fracos e mais vulneráveis".
O religioso pediu ainda para todos os países e organizações internacionais se tornarem "artesões criativos e corajosos da paz e tecelões de diálogo construtivo".
"Se esta guerra não for interrompida e a paz não for buscada a cada passo, o mundo inteiro corre o risco de afundar em crises ainda mais profundas", alertou.
Para Gallagher, a "solução para a guerra na Ucrânia não é uma questão que diz respeito apenas à própria Ucrânia".
"Diante da tragédia que se desenrola diante dos nossos olhos, chegou a hora de nos fazermos algumas perguntas do papa Francisco: 'O que estou fazendo hoje pelo povo ucraniano? Estou fazendo alguma coisa?", questionou.
De acordo com o representante da Santa Sé, "a comunidade internacional, mais do que nunca, não pode desistir e deixar esta questão passar em silêncio".
"Para ter um futuro pacífico e seguro, todos os Estados membros das Nações Unidas, e especialmente os deste Conselho da Segurança, são chamados a unir esforços na busca de uma solução justa e de uma paz duradoura para a Ucrânia, como um elemento importante da paz global pela qual o mundo tem sede", enfatizou.
Por fim, Gallagher reiterou que o Vaticano, por sua vez, está próximo da Ucrânia.
Desde o início da invasão russa, Francisco tem feito diversos apelos pelo encerramento do conflito armado e nomeou o cardeal Matteo Zuppi como enviado para a paz para tentar negociar com os países envolvidos.
Até agora, Zuppi já passou por Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e China, como parte de seu esforço diplomático para identificar iniciativas humanitárias para abrir "caminhos para a conquista da paz". A expectativa é de que ele realize uma segunda viagem ao território russo, cujas autoridades do país demonstraram recentemente uma abertura para o diálogo.
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