(ANSA) - O governo de Taiwan expressou neste sábado (2) apoio "às tentativas contínuas da Santa Sé de dialogar com a China para resolver as questões religiosas da Igreja Católica".
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores reforça que a esperança é que a nova relação "leve a uma melhoria na deterioração da liberdade religiosa e dos direitos humanos na China".
A declaração foi divulgada no início da visita inédita do papa Francisco à Mongólia, um país situado entre a China e a Rússia.
Enquanto o avião papal sobrevoava a China rumo à Mongólia, inclusive, o argentino enviou uma mensagem de "boas felicitações" ao presidente Xi Jinping e ao povo chinês durante a passagem pelo espaço aéreo do país.
Em resposta, Pequim disse que desejava "reforçar a confiança mútua" com o Vaticano e que as palavras do Papa "refletiam amizade e boa vontade".
No entanto, o governo chinês proibiu bispos católicos de viajarem à Mongólia para acompanhar a visita de Francisco ao país, com exceção de prelados de Hong Kong e Macau, onde a Igreja atua com mais liberdade.
Em abril passado, a China incomodou o Vaticano ao nomear um bispo católica à revelia do Papa, violando um acordo bilateral assinado em 2018 e renovado no ano passado até 2024.
Os dois países romperam relações diplomáticas formais em 1951, quando a Santa Sé reconheceu a independência da ilha de Taiwan, que ainda é vista por Pequim como uma "província rebelde".
Apenas 13 nações no mundo reconhecem oficialmente Taipei em vez de Pequim, sendo que o Vaticano é o único na Europa.
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