(ANSA) - O papa Francisco voltou a apelar nesta terça-feira (22) para que todos parem de utilizar o nome de Deus para incitar a violência e o ódio no mundo.
O pedido foi feito em uma publicação no Twitter por ocasião do "Dia Internacional em Memória e Homenagem às Vítimas do Terrorismo", celebrado no último dia 21 de agosto.
"Renovo o apelo para que parem de instrumentalizar as religiões para incitar ao ódio, à violência, ao extremismo e ao fanatismo cego e deixem de usar o nome de Deus para justificar atos de homicídio, de exílio, de terrorismo e de opressão", escreveu.
A data também foi lembrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que, sob o tema "Legado: Encontrando esperança e construindo um futuro pacífico", chamou a atenção para os impactos do terrorismo, para as vozes das vítimas e para a memória daqueles que foram impactados por esse tipo de ação.
Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, este é um momento para prestar homenagem "ao trabalho extraordinário das vítimas e sobreviventes que resolveram usar suas experiências para promover mudanças."
Esta não é a primeira vez que Jorge Bergoglio faz apelos como esse. Durante sua viagem a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, em 2019, o argentino ressaltou que justificar "o ódio e a violência" em nome de Deus é "uma grave profanação".
"Em nome de Deus Criador, é preciso condenar sem vacilação toda forma de violência, porque é uma grave profanação do nome de Deus usá-lo para justificar o ódio e a violência contra o irmão. Não há violência que possa ser religiosamente justificada", afirmou ele na época.
Já em 2020, ele apelou para que se pare de "aterrorizar as pessoas" porque "Deus não precisa ser defendido por ninguém e não quer que o Seu nome seja usado para este fim".
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