(ANSA) - Durante encontro no Vaticano com refugiados que chegaram à Itália por meio de corredores humanitários, o papa Francisco garantiu neste sábado (18) que não vai desistir de buscar a paz na guerra russa na Ucrânia.
"Como esta é uma história de acolhida e um compromisso concreto à paz. Há muitos refugiados ucranianos entre vocês. Quero dizer-lhes que o Papa não desiste de buscar a paz, de esperar a paz e de rezar por ela. Faço isso pelo seu país martirizado e pelos outros afetados pelo guerra", enfatizou o Papa.
De acordo o Pontífice, toda "guerra é o fracasso da política", principalmente porque "alimenta-se do veneno que considera o outro como inimigo".
"A guerra nos faz tocar para compreender o absurdo da corrida armamentista e seu uso para a resolução de conflitos", declarou o argentino, lembrando que "um técnico me disse que se não se fabricassem armamentos por um ano, a fome no mundo poderia ser eliminada".
"Portanto, precisamos de uma política melhor", acrescentou.
Francisco também reforçou que "a política hoje não goza de excelente reputação, principalmente entre os jovens, porque eles veem escândalos, tantas coisas que todos nós sabemos". "As causas são muitas, mas como não pensar na corrupção, na ineficiência, na distância da vida das pessoas? boa política".
Para Jorge Bergoglio, "a diferença é feita pelas pessoas" e isso nós "vemos nas administrações locais". "Uma coisa é um prefeito ou vereador que está disponível e outra é alguém inacessível; uma coisa é a política que escuta a realidade, que escuta os pobres, e outra é aquela que está fechada nos prédios, a política 'destilada'".
Por fim, ele ressaltou que "o político é um servidor, quando o político não é um servidor é um mau político, não é um político".
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