(ANSA) - Dois dias depois de ter dito que a homossexualidade não é crime, o papa Francisco fez nesta sexta-feira (27) uma defesa da doutrina da Igreja Católica, afirmando que a família se funda na "união conjugal entre homem e mulher".
A declaração foi dada em uma audiência no Vaticano com membros do Tribunal da Rota Romana, corte de apelação da Santa Sé, e é uma espécie de aceno às alas mais conservadoras do clero, sempre críticas às aberturas do pontífice a homossexuais.
"Existe na Igreja e no mundo uma forte necessidade de redescobrir o significado e o valor da união conjugal entre homem e mulher, sobre a qual se funda a família", afirmou Francisco, que também denunciou uma "ignorância coletiva sobre o casamento".
Segundo o Papa, o matrimônio cristão "não é uma cerimônia, um evento social nem uma formalidade". "O evangelho da família remete ao desenho divino da criação do homem e da mulher", disse.
Na última quarta (25), em entrevista à Associated Press, Jorge Bergoglio havia reafirmado que, para o catolicismo, a homossexualidade é considerada um "pecado", mas não pode ser tida como "crime".
"Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força com que cada um de nós luta pela nossa dignidade", enfatizou Francisco na ocasião. (ANSA)
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