(ANSA) - O promotor de Justiça do Vaticano, Alessandro Diddi, abrirá uma nova investigação relativa a Emanuela Orlandi, desaparecida desde 1983, quando tinha 15 anos de idade.
Segundo informações de bastidores, a reabertura do caso está ligada a uma série de pedidos apresentados por Pietro Orlandi, irmão da vítima, e o inquérito começará investigando atos e documentos de apurações anteriores.
"Estamos no escuro, ficamos sabendo por órgãos de imprensa, mas fazia um ano que esperávamos ser ouvidos", disse à ANSA a advogada da família, Laura Sgrò.
Emanuela Orlandi é filha de um funcionário da Santa Sé, cidadã do Vaticano e residia dentro dos muros do menor país do mundo, mas desapareceu enquanto voltava para casa há quase 40 anos.
Diversas hipóteses foram consideradas nas últimas décadas, desde crime comum até vingança contra seu pai ou contra o Vaticano.
O filme "A verdade está no céu" (2016), de Roberto Faenza, cogita que Orlandi tenha sido sequestrada por mafiosos e jogada em uma betoneira. Nenhuma das hipóteses, no entanto, foi confirmada pela Justiça.
Em 2019, o Vaticano chegou a abrir um inquérito para apurar se ossadas encontradas em um imóvel da Igreja Católica pertenciam à desaparecida, mas o caso foi encerrado no ano seguinte, uma vez que os restos mortais eram anteriores ao fim do século 19.
No entanto, a investigação sobre o desaparecimento em si foi arquivada em outubro de 2015, a pedido do então procurador Giuseppe Pignatone, agora presidente do Tribunal Vaticano. (ANSA)
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