O papa Francisco afirmou nesta quinta-feira (15) que o mundo de hoje enfrenta "muitos ódios e divisões" e pediu esforços para combater os radicalismos.
As declarações foram dadas no encerramento do 7º Congresso de Líderes do Mundo e Religiões Tradicionais, evento promovido em Nur-Sultã, capital do Cazaquistão, para incentivar o diálogo inter-religioso.
"Existem muitos ódios e divisões, muita falta de diálogo e compreensão do outro. Isso, no mundo globalizado, é ainda mais perigoso e escandaloso. Não podemos avançar unidos e separados, conectados e dilacerados por tantas desigualdades", disse o pontífice.
O líder da Igreja Católica ainda afirmou que o "extremismo, o radicalismo, o terrorismo e qualquer outro incentivo ao ódio, à hostilidade, à violência e à guerra, independentemente de suas motivações e objetivos, não têm nada a ver com o autêntico espírito religioso e devem ser rechaçados nos termos mais fortes possíveis".
"A paz é urgente porque qualquer conflito militar ou foco de tensão pode ter um nefasto efeito dominó e comprometer seriamente o sistema de relações internacionais", declarou o Papa, pedindo que os líderes religiosos estejam na "linha de frente da disseminação da convivência pacífica".
Para Francisco, o caminho para a paz passa pelo maior envolvimento das mulheres nos processos decisórios. "As mulheres precisam ter papéis e responsabilidades maiores. Quantas escolhas de morte teriam sido evitadas se as mulheres estivessem no centro das decisões?", questionou.
Jorge Bergoglio também aproveitou o discurso para defender a liberdade religiosa. "Pedimos com ênfase aos governos e às organizações internacionais competentes que ajudem os grupos religiosos e comunidades étnicas que sofreram violações de seus direitos humanos e de suas liberdades fundamentais por parte de extremistas e terroristas", salientou.
Esse foi o último compromisso oficial de Francisco em sua visita ao Cazaquistão, e sua chegada em Roma está prevista para 15h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira. (ANSA)
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