No Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o papa Francisco se reuniu nesta quinta-feira (27) com a poeta húngara naturalizada italiana Edith Bruck, sobrevivente de Auschwitz.
Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, o encontro ocorreu nesta tarde, na Casa Santa Marta, residência oficial de Jorge Bergoglio no Vaticano. O Pontífice "teve uma longa e afetuosa conversa, de cerca de uma hora, com a senhora Edith Bruck, a pouco menos de um ano de sua visita à casa da escritora em Roma".
"Em particular, ambos sublinharam o valor inestimável de transmitir a memória do passado aos mais jovens, mesmo nos seus aspectos mais dolorosos, para não cair nas mesmas tragédias", acrescentou a nota.
Nascida Edith Steinschreiber, em 3 de maio de 1932, Bruck é a mais nova de seis filhos de uma família judaica que vivia em um vilarejo húngaro na fronteira com a Eslováquia.
Vítima de discriminação durante toda a infância, ela foi deportada para o campo de extermínio de Auschwitz em 1944 e também passou por Kaufering, Landsberg, Dachau, Christianstadt e Bergen-Belsen, onde seria libertada com uma irmã, em abril de 1945.
Após a guerra, a poeta chegou a viver durante oito anos em Israel, mas, em 1954, mudou-se para Roma, onde reside até hoje.
Em fevereiro do ano passado, Francisco fez uma visita fora da agenda à casa de Bruck. Na ocasião, a conversa também "percorreu aqueles momentos de luz que marcaram a experiência no inferno dos campos de concentração e evocou os temores e esperanças em relação ao tempo em que vivemos, sublinhando o valor da memória e o papel dos idosos em cultivá-la e transmiti-la aos mais jovens". (ANSA)
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