Dezenas de pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em bombardeios lançados pela Rússia contra diversas regiões da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, nesta segunda-feira (8).
Entre os alvos atingidos, de acordo com as autoridades locais, estão um hospital pediátrico e um centro médico em Kiev. Também foram registrados ataques em Dnipro e Kryvyi Rih, cidade natal do presidente Volodymyr Zelensky.
Segundo o mandatário, o balanço provisório dos bombardeios é de 31 mortos e mais de 100 feridos. "A Rússia atacou muitas cidades na Ucrânia, como Kiev, Dnipro e Kryvyi Rih, atingindo inclusive um hospital pediátrico, um dos mais importantes do nosso país", declarou Zelensky em coletiva de imprensa em Varsóvia, na Polônia.
Pelo menos cinco pessoas teriam morrido no hospital pediátrico Okhmatdyt, de acordo com o Ministério do Interior, e indivíduos ainda estão presos sob os escombros. O prédio foi atingido por um míssil de cruzeiro russo, segundo os serviços de segurança ucranianos.
"O ataque de hoje contra Kiev foi um dos piores em dois anos de guerra", afirmou o prefeito da capital, Vitaly Klitschko, enquanto líderes europeus condenaram o bombardeio.
"A Rússia continua atacando civis ucranianos impiedosamente. Todos os responsáveis pelos crimes de guerra russos serão responsabilizados", escreveu no X o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell.
Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse ter ficado "chocado pelas imagens" dos bombardeios russos em Kiev. "São crimes de guerra que precisam ser condenados por toda a comunidade internacional. O governo continuará defendendo a soberania da Ucrânia e de seu povo", garantiu.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) também se pronunciou e disse que as crianças "devem sempre ser protegidas". "A invasão russa continua tendo um impacto desproporcional nas crianças. Recebemos notícias terríveis de um hospital pediátrico em Kiev amplamente danificado em um ataque", declarou o representante da organização na Ucrânia, Munir Mammadzade.
A Rússia, por sua vez, negou responsabilidade no bombardeio ao hospital pediátrico e afirmou que os danos foram causados pela queda de um míssil antiaéreo ucraniano. (ANSA)
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