A Comissão Europeia pediu nesta quarta-feira (24) uma "investigação independente" sobre as valas comuns descobertas nos dois principais hospitais da Faixa de Gaza.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz do executivo da UE, Peter Stano, afirmou que todos estão "profundamente preocupados" com a situação e "apela a uma investigação independente sobre todas as suspeitas e todas as circunstâncias".
Segundo ele, "tudo isto cria a impressão de que todos podem cometer violações dos direitos humanos internacionais".
Nos últimos dias, a Defesa Civil de Gaza anunciou que autoridades palestinas descobriram mais de 200 corpos em valas comuns no complexo médico Nasser em Khan Yunis, depois dele ter sido abandonado pelas tropas israelenses.
Além disso, centenas de outros cadáveres também teriam sido achados nos arredores do hospital Al Shifa.
O caso provocou indignação da comunidade internacional e também fez o alto comissário para os Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, apelar por um inquérito "independente, eficaz e transparente", tendo em vista o "clima de impunidade prevalecente".
Hoje cedo, o alto representante da UE, Josep Borrell, chegou a alertar que "Gaza continua a ser o epicentro da tensão regional" e a "onda de choque que desestabiliza a região começa a partir daí, e assim permanecerá enquanto a guerra continuar".
"Devemos ser capazes de construir a paz na região, considerando o conflito em andamento", afirmou ele durante debate sobre a crise envolvendo Israel e Irã em Estrasburgo.
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