(ANSA) - A premiê da Itália, Giorgia Meloni, defendeu a emissão de dívida pela União Europeia para fazer frente aos desafios enfrentados pelo bloco.
Essa estratégia foi usada de forma inédita para financiar o plano de recuperação da UE para o pós-pandemia, porém enfrenta forte resistência dos países-membros mais austeros, como Áustria e Holanda.
"Podemos ter estratégias melhores, mas agora precisamos de recursos. Já se sabe qual é o debate na UE sobre a dívida comum, proposta apoiada pelo governo italiano", declarou Meloni após uma reunião do Conselho Europeu em Bruxelas.
Com a emissão de dívida pela Comissão Europeia, poder Executivo do bloco, países mais endividados, como a própria Itália, teriam acesso a dinheiro com juros menores no mercado.
A ideia, no entanto, é tema de divisão na UE. "Compartilhar a dívida significa sempre compartilhar o peso das taxas de juros.
Tivemos de fazer isso uma vez por causa da pandemia e estamos ainda pagando altos juros sobre a dívida. Isso limita a capacidade de ação", disse o chanceler da Áustria, Karl Nehammer.
"Precisamos pensar de forma diferente, reforçar o mercado de capitais na União Europeia", acrescentou. (ANSA)
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