(ANSA) - A intenção de Charles Michel de renunciar antecipadamente ao cargo de presidente do Conselho Europeu deu início às negociações para os cargos de liderança da União Europeia, com o ex-primeiro-ministro italiano Mario Draghi sendo indicado por alguns "como um dos principais candidatos" para a sucessão. É o que informa o Financial Times.
"É difícil prever a sequência dos acordos para ocupar os cargos de liderança da UE, que também dependem do resultado das eleições europeias", observou o jornal de Londres.
O texto especifica: "Uma fonte próxima a Draghi afirmou que ele não está buscando nenhum papel de destaque no bloco".
"É improvável que ele diga não se for seriamente questionado, mas não vai se impor", disse a cientista política Nathalie Tocci ao FT.
Na sexta-feira (5), em Bruxelas, o ex-primeiro-ministro italiano "informará os membros da Comissão" sobre o trabalho inicial no relatório sobre a competitividade da UE, cuja publicação está prevista após as eleições europeias.
Entre os outros nomes ventilados para o cargo no Conselho Europeu, segundo o FT, estão o premiê espanhol, Pedro Sánchez, e a dinamarquesa, Mette Frederiksen.
"Ao contrário de Draghi, ambos os líderes estão afiliados aos grandes partidos políticos europeus, um fator importante nas nomeações da UE. A falta de afiliação partidária de Draghi o prejudicará", disse um diplomata europeu à reportagem.
"Se, por um lado, o amplo currículo de Draghi lhe garantiria uma forte presença na mesa de cúpula, por outro lado, suas posições francas sobre políticas, incluindo a integração fiscal, poderiam irritar países como a Alemanha, que tradicionalmente têm uma visão oposta", observou ainda a publicação.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA